Plano Diocesano de Pastoral

EM NOSSA DIOCESE, A CAUSA MISSIONÁRIA DEVE SER A PRIMEIRA DE TODAS AS CAUSAS.

À luz desse ardor missionário, anunciado pelo Papa Francisco na Evangelii Gaudium, nossa Igreja Particular de Primavera do Leste–Paranatinga, desde sua última Assembleia Diocesana de Pastoral, procurou animar sua caminhada eclesial, refletindo e aprofundando suas diferentes atividades pastorais, com este dinamismo missionário. Ao chegarmos para 4ª Assembleia Diocesana de Pastoral, nos dias 27,28 e 29 de outubro de 2017, nos vimos interpelados à luz do documento 107 da CNBB – “Iniciação à Vida Cristã: Itinerário para formar discípulos missionários”.

Tomados de um espírito fraterno, éramos 180 pessoas vindas das 19 paróquias da Diocese. A Assembleia aconteceu sob a luz da temática que contemplou o projeto de iniciação a vida cristã. Desta feita nossos trabalhos transcorreram com partilhas, aprofundamentos e aprovações, a partir do tema que norteou toda a Assembleia: “Iniciação à Vida Cristã: caminho para uma igreja comunidade de comunidades”. Entendemos que acolhendo a proposta do documento 107 e buscando fazer comunhão com nosso Regional Oeste 2, que em suas diretrizes, nos oferece para este ano de 2018, a experiência com a 4ª urgência das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – Igreja: Comunidade de Comunidades.

URGÊNCIAS DA AÇÃO EVANGELIZADORA

1 – Igreja em estado permanente de missão.
2 – Igreja: casa da iniciação à vida cristã.
3 – Igreja: lugar de animação bíblica.
4 – Igreja: comunidade de comunidades.
5 – Igreja a serviço da vida plena para todos.

DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES PASTORAIS DA CNBB – O2

2016 – Nossa Igreja: casa da Iniciação Cristã em estado permanente de missão “Ide e fazei discípulos em todas as nações” (Mt 28,19).
2017 – Igreja: casa da Palavra de Deus “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, argumentar, corrigir e educar conforme a justiça” (2Tm 3,16).
2018 – Igreja: Comunidade de Comunidades “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At 2,44).
2019 – Igreja a serviço da vida plena para todos “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10).

Prioridades Pastorais

Na celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida nas águas do Rio Paraíba, os bispos do Brasil oferecem às comunidades o documento Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários. Aprovado na 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ele expressa o caminho que a Igreja no Brasil percorre, iluminada pela Palavra de Deus e pelo documento de Aparecida. As cinco urgências assumidas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, desde 2011, ofereceram os documentos, Comunidade de comunidades: uma nova paróquia, conversão pastoral da paróquia; Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade, Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14) e, agora, o Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários. Foram iniciadas as reflexões que deram estímulos para a missionariedade na Igreja no Brasil. Assumindo sempre mais as orientações de Aparecida e do Papa Francisco, nossas Igrejas particulares, nossas comunidades, nossas famílias e todas as pessoas batizadas serão testemunhas da alegria do Evangelho.

Jesus nos disse: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). O apóstolo Pedro ensinava ao formar suas primeiras comunidades: “sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus” (1Pd 2, 9-10). Portanto, “sem vida em comunidade, não há como efetivamente viver a proposta cristã… A comunidade eclesial acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta” (DGAE n.55).

A Igreja no Regional Oeste 2 nos convida a criar verdadeiras “redes de comunidades” não só no sentido geográfico, mas também as comunidades transterritoriais, ambientais e efetivas”. É necessária a consciência de que, na ação evangelizadora, estes desafios devem ser seriamente considerados e que nada substitui o contato pessoal” (DGAE n. 59). De fato, “a experiência comunitária quando efetivamente vivida à luz da Boa-Nova do Reino de Deus, conduz ao empenho para que a fraternidade e a união sejam assumidas em todas as instâncias da vida” (DGAE n. 61).

O processo de Iniciação à Vida Cristã incide sobre a conversão da comunidade de comunidades missionárias. Ela poderá, assim, vivenciar na prática e de modo adaptado o processo da Iniciação à Vida Cristã, inspirado no itinerário catecumenal proposto pelo RICA, envolvendo ministros ordenados, consagrados e o laicato em um caminho de formação de discípulos missionários.

Metas:  O fundamento seja a Palavra de Deus

  • Formar uma equipe com as lideranças para estudar o projeto à luz do documento 107, Documento de Aparecida, Documento 100 – Comunidade de Comunidades: uma nova paróquia – conversão pastoral da paróquia, Documento 105 Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14) e, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil 2015-2019. Tendo como centralidade a Palavra de Deus.
  • Articular os CPPs e CPCs em todas as Paróquias da Diocese.
  • Reestruturar os Setores missionários onde já existem e formar outros, ampliando assim a Setorização na paróquia.
  • Incentivar, motivar e realizar os encontros da Campanha da Fraternidade, os subsídios do Regional, Novenas do Natal, o uso do Ofício Divino das Comunidades e da Leitura Orante da Bíblia.
  • Oferecer aos Animadores e Animadoras dos Setores missionários e demais Lideranças da paróquia um momento de formação específica mensal, na dinâmica do Projeto de Iniciação à Vida Cristã.
  • Promover na Forania 2 (dois) encontros de Formação específica para Animadores e Animadoras dos setores missionários e outras lideranças das pastorais e movimentos.
  • Cada Paróquia indicar um ou dois representante para a Ampliada Diocesana de CEBs, tendo em vista a preparação do Encontro Regional de CEBs na Diocese.

A Vida Cristã é um novo projeto de vida. Para nós, “o projeto”. E, por isso, ela requer um processo de passos de aproximação, mediante os quais a pessoa aprende e se deixa envolver pelo mistério amoroso do Pai, pelo Filho, no Santo Espírito. Seu agir era outro, passando a um novo modo de vida no campo pessoal, comunitário e social. E isso é realizado por meio de símbolos, ritos, celebrações, tempos e etapas. O Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA) condensa todos estes elementos.

A Exortação Apostólica Amoris Laetitia explica que a educação dos filhos deve “ser marcada por um percurso de transmissão da fé que se vê cada vez mais dificultado pelos horários de trabalho, pela complexidade do mundo atual, onde muitos têm ritmo frenético para sobreviver”. A família é chamada a ser lugar de iniciação, onde se aprende a rezar e a viver os valores da fé. Aos pais cristãos cabe a primeira responsabilidade pela formação de seus filhos no seguimento de Jesus Cristo.

Metas: O fundamento seja a Palavra de Deus

  • Ampliar a Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar convidando um casal de cada Forania.
  • Organizar e integrar todos os seguimentos que estejam ligados diretamente ao cuidado da família
  • No primeiro semestre/2018 visitar três das 6 foranias, indo a cada paróquia na forania
  • Organizar e motivar a Semana Nacional da Família nas paróquias (sugerir a aquisição do livro “Hora da Família” para os membros da Pastoral Familiar)
  • Apresentar a Pastoral Familiar aos membros dos movimentos: Lareira, Cursilho, Renovação Carismática e Acampamento Sênior.
  • Realizar atividades pastorais com a Pastoral catequética e Pastoral do Batismo.
  • Promover um encontro de Formação por Forania.
  • Promover um encontro de espiritualidade com as coordenações paroquiais em âmbito diocesano.

Animados pelo espírito renovador do Concílio Ecumênico Vaticano II e, diante dos apelos, ora do Documento de Aparecida e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, ora do próprio Papa Francisco e da documentação eclesial em sentido amplo, sentimos o desafio e o compromisso da busca de novos caminhos e novos métodos para a evangelização. Para isso, precisamos conversão pastoral. Precisamos de uma pastoral decididamente missionária (cf. DAp 370).

A Iniciação à Vida Cristã é um processo catecumenal de conversão pelo qual passa o discípulo missionário em formação que, despertado pelo primeiro anúncio (Querigma), segue por prolongado período de catequese que prepara também para a celebração sacramental (Batismo, Eucaristia e Crisma), prolongando-se pela inserção sempre maior no mistério (Mistagogia) e estendendo-se por toda sua vida cristã (Catequese permanente), com definição vocacional e inserção gradativa na vida e missão da comunidade.

A Iniciação à Vida Cristã é uma urgência que precisa ser assumida com decisão, coragem e criatividade. Ela renova a vida comunitária e desperta seu caráter missionário. Isso requer novas atitudes evangelizadoras e pastorais. Para a Igreja, impõe-se a tarefa irrenunciável de oferecer uma modalidade operativa de iniciação cristã que, além de marcar o “quê”, também dê elementos para o “quem” e o “onde” se realiza. Dessa forma, à qual temos sido reiteradamente convocados.

Como discípulos missionários, os catequistas e os agentes de pastoral aprendem também com seus catequizando e com os participantes da ação pastoral. Isso acontece ao escutarem, com eles, a Palavra de Deus, orarem, partilharem a vida e as ações desenvolvidas. O diálogo é importante, gera um aprendizado mútuo e faz parte da formação continuada, da conversão pessoal e da vida de fé e missão que todos devem partilhar.

Metas:  O fundamento seja a Palavra de Deus

  • Animar as comunidades com um novo jeito de realizar o processo de Iniciação à Vida Cristã
  • Oferecer formação bíblico-teológico e metodologia de inspiração catecumenal particularmente com os catequistas
  • Formar os discípulos missionários – Oferecendo primeiramente às coordenações da pastoral catequética paroquial e demais ministros/as (catequistas) da catequese uma formação especifica em âmbito diocesano
  • Gradativamente buscar substituir os diferentes subsídios usados pelas paróquias, por um material comum a toda diocese, com acompanhamento da coordenação diocesana da pastoral catequética
  • Formar uma equipe a partir do projeto “Iniciação à Vida Cristã”
  • Oferecer uma formação especifica aos catequistas, mensal em âmbito paroquial
  • Realizar um encontro para troca de experiências/partilhas em âmbito foranial – no segundo semestre/2018
  • Facilitar o contato e a vivência com os Sacramentos da Iniciação à Vida Cristã como fator de inserção na Comunidade Cristã.

“Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade” (1Jo 3, 18). A misericórdia que brota do coração da Trindade, pode chegar a pôr em movimento a nossa vida e gerar compaixão e obras de misericórdia em prol dos irmãos e irmãs que se encontram em necessidade. Não pensemos nos pobres apenas como destinatários de uma boa obra de voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou menos ainda, de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz.

Se realmente queremos encontrar Cristo, é preciso que toquemos o seu corpo no corpo chagado dos pobres, como resposta à comunhão sacramental recebida na Eucaristia. O Corpo de Cristo, repartido na sagrada liturgia, deixa-se encontrar pela caridade partilhada no rosto e na pessoa dos irmãos e irmãs mais frágeis.

“A Igreja, guiada pelo Evangelho da Misericórdia e pelo amor ao homem, escuta o clamor pela justiça e deseja responder com todas as suas forças”. Nesta linha, pode-se entender o pedido de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6, 37), que envolve tanto a cooperação para resolver as causas estruturais da pobreza e promover o desenvolvimento integral dos pobres com os gestos mais simples e diários de solidariedade para com as misérias muito concretas que encontramos.

Na vivência da dinâmica da comunhão, da participação e missão, sendo fiéis à dimensão profética e sócio transformadora da mensagem evangélica e promovendo, a partir da opção preferencial pelos pobres, práticas que alimentam a justiça, a solidariedade, a paz, a superação da violência, a liberdade e a plena cidadania.

Metas:  O fundamento seja a Palavra de Deus

  • Organizar e formar as coordenações paroquiais das Pastorais Sociais, em toda a Diocese
  • Articular a coordenação Diocesana das Pastorais Sociais.
  • Realizar a primeira assembleia diocesana das Pastorais Sociais, com foco na Doutrina Social da Igreja e do Magistério do Papa Francisco.
  • Promover um encontro de espiritualidade e partilha das atividades. Em vista do segundo dia mundial dos pobres em âmbito foranial.
  • Realizar a Jornada Mundial dos Pobres durante a semana que antecede o Dia Mundial dos Pobres em âmbito paroquial.